A Máscara da Morte Vermelha (Conto, Edgar Allan Poe, 1842)

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Capa do livro "A Máscara da Morte Vermelha" de Edgar Allan Poe (Entre Editora, 2021)

O conto "The Mask of the Red Death (A Máscara da Morte Vermelha)" de Edgar Allan Poe foi publicado pela primeira vez em 1842, na revista Graham's Volume XX.

Edição da Entre Editora

A edição publicada pela Entre Editora durante o equinócio de outono de 2021 (21 de março), traz a ilustração de Harry Clarke, a tradução e o design de Ormando zhiomn e a revisão de Halliday Fernandes.

Trecho inicial

A 'Morte Vermelha' já havia devastado o país por um longo tempo. Nenhuma pestilência nunca havia sido tão fatal, ou tão horrível. O sangue era a sua Encarnação e o seu símbolo - a vermelhidão e o horror do sangue. Haviam dores agudas, e súbitas tonturas, então havia sangramento abundante pelos poros, e morte. As manchas escarlates no corpo da vítima, e especialmente no rosto, eram a maldição da peste, que afastava o doente da ajuda e da compaixão de seus companheiros. E toda a ocorrência, progresso e término da doença, acontecia em meia hora.

Mas o príncipe Próspero era feliz e destemido e sagaz. Quando seus domínios já estavam com metade da população morta, ele convocou à sua presença mil amigos saudáveis e alegres entre os cavaleiros e damas da sua corte, e junto com eles se retirou para o isolamento profundo de uma de suas abadias em forma de castelo. Essa era uma estrutura extensa e magnífica, uma criação do próprio gosto excêntrico porém majestoso do príncipe. Um muro forte e alto a rodeava. Esse muro tinha portões de ferro. Os cortesãos, após entrarem, trouxeram fornos e martelos maciços e soldaram os parafusos. Eles resolveram não deixar meios de entrar nem de sair, para impedir impulsos repentinos de desespero ou de frenesi que viessem de dentro. A abadia foi amplamente abastecida. Com tais precauções os cortesãos poderiam desafiar o contágio. O mundo externo podia cuidar de si mesmo. Enquanto isso, era tolice lamentar, ou pensar. O príncipe havia providenciado todos os meios de prazer. Havia palhaços, havia improvisadores, havia bailarinas, havia músicos, havia Beleza, havia vinho. Tudo isso e mais a segurança estavam do lado de dentro. Do lado de fora estava a 'Morte Vermelha'

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